Renata

Renata

Bata palma, que é hora de ler a ata.

Entre, saia. É a vida que está existindo.

Ah, sim. É hora de falar de Renata,

Pois o tempo já está exigindo.

Mas está tudo errado, não precisa de rima

Essa menina não é assim tão “certinha”.

- Fala poeta!

Se estou acostumado com uma janela aberta,

Meu dia amanhece conforme o que se passa do lado de fora.

Teu mundo parece ser grande, e é.

Então, percebo onde fica a entrada do amor.

Antigos amigos cutucam meu peito

Com lembranças de momentos que valeram a pena.

Novos amigos cutucam meu peito

Com uma saudade que já vem ralhando:

- Essa vai dar trabalho. Não vai esquecê-la tão fácil.

Eu não quero. Não preciso esquecer

Pois minha janela continuará aberta

Enquanto amigos inesperados passarem diante dela,

Enquanto a palavra mais simples for a mais verdadeira.

Márcio Ahimsa
Enviado por Márcio Ahimsa em 21/01/2008
Código do texto: T826917