O GIRASSOL E A PRECE
O GIRASSOL E A PRECE
Ideal seria você não precisar de mim
A gente viver sabendo que vai passar
Que o sol daqui a um milhão de anos
Estará nascendo para quem vai estar
Sobre o Planeta Água vivendo a fruir
O nascer do sol na manhã, as nuvens
Sendo levadas pelos ventos a fazer
Mil figuras, criando visões no chão
Você consegue estar comigo daqui
Reiniciando-se no Tempo, sabendo
Que o amor nos acompanhou nesse
Percurso depois de mil momentos
De pó ao pó, de cinzas às cinzas
Quantos mil sentimentos guiados
Pelos ventos. Quantos mil milênios
Passaram e só confirmaram, sim
Em nossa memória, o amor, ele
O amor que não passa depois de
Mil gerações terem passado e os
Modelos e as modas se antiquado
Ainda assim o amor não chegou
Não chegou ao fim. Quantas vezes
Foste embora levando contigo
O pôr do sol, mas o luar trouxe
Na manhã a luz de outro dia
Meu amor, seu amor, persistiu
Depois de tudo e de todos terem
Ido embora, e se transformado
Em Terra Devastada e cinzas
Ainda agora estamos no caminho
Quantas vezes fomos estranhos
Estranhos no ninho. As trevas não
Não perduram além da noite
Elas sempre após o dia se reproduzem
Amanhã o negror da noite se esvanece
Todas as coisas passam, viram cinzas.
Mas os Girassóis, tal qual nas pinturas
De Van Gogh buscam a luz do sol
Tal qual nossas almas buscam a prece.