Hoje

À D.

Hoje

Há uma febre

Que me tocou hoje

E que nunca irá desaparecer

Ao contrário de Ti

Hoje uma memória

Sempre

E nunca demasiado presente

Como te escrevi

Hoje

Até agora

Os Deuses foram clementes comigo

Nunca me tinham roubado

Nenhum Amigo

Mas a clemência acabou

Hoje

Quando soube que não te voltarei a ter mais comigo

Mas como eras feita com as partes mais belas da luz

O poema vai acabar

Com uma alegria

Que vai iluminar

Toda esta escuridão de Hoje:

Irei recordar-te até ao último bater do meu coração

Porque eras um dos raios de luz

Que iluminava

O meu ser

A minha imaginação

A minha alma

A minha imensidão

Hoje

E em todos os dias depois do amanhã

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 24/10/2024
Código do texto: T8181292
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