Hoje
À D.
Hoje
Há uma febre
Que me tocou hoje
E que nunca irá desaparecer
Ao contrário de Ti
Hoje uma memória
Sempre
E nunca demasiado presente
Como te escrevi
Hoje
Até agora
Os Deuses foram clementes comigo
Nunca me tinham roubado
Nenhum Amigo
Mas a clemência acabou
Hoje
Quando soube que não te voltarei a ter mais comigo
Mas como eras feita com as partes mais belas da luz
O poema vai acabar
Com uma alegria
Que vai iluminar
Toda esta escuridão de Hoje:
Irei recordar-te até ao último bater do meu coração
Porque eras um dos raios de luz
Que iluminava
O meu ser
A minha imaginação
A minha alma
A minha imensidão
Hoje
E em todos os dias depois do amanhã