Minha Palavra, Minha Natureza

Conto-vos o segredo de uma unidade

A unidade do ser, ter, fazer e estar

A unidade abundante nos mares do real

Minha singularidade denota um tom plural

Das mais pura mentira criada

Da insatisfação da vida

Da verdade quase procurada.

Assim, se fez o nós

Do compromisso de se tornar num só

Dos ideais idosos, fizeram-me criança mais cedo

Jovem tão tarde, adulto sem significado

Mas feliz estamos...

Nunca nos separamos

Pois também nunca nos cruzamos

Afinal somos um só

Eu a minha palavra, tu a minha natureza!

Cansei-me de reclamar da felicidade

Parei de julgar a dor

Dei ao pavor o lindo direito de me consumir

A tristeza joga a fora

A alegria não consumida

Sou eterno indiferente, não vivo

Apenas tenho a vida

Para nós, basta continuar na mesma direcção

Isso nos faz num só, separados!!!

Manuel Francisco António Ilustre
Enviado por Manuel Francisco António Ilustre em 08/10/2024
Código do texto: T8168738
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.