SIGNIFICADO VIRIL Código do texto: T8147010
Grupo Literário Escritores & Artistas Nascer do Sol
15° Evento Nascer do Sol
Tema:"O Significado da Amizade "
Estilo: Livre ( poesias, quartetos, prosas)
Autor: MAKLEGER CHAMAS - O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)
VILA NOVA JAGUARÉ - SÃO PAULO - Brasil
Data: 08/09/2024
Das 09h às 23h59
TÍTULO: SIGNIFICADO VIRIL Código do texto: T8147010
O amigo se faz em tropeços avessos da vida,
Pois ao transformar numa grande amizade,
O significado será o enxugar das doídas feridas,
E dar ao peito um alívio, de doce eternidade.
Pois é na curva dos dias, em caminhos sombrios,
Que a amizade floresce como luz na escuridão.
E na lágrima compartilhada, em silêncios vazios,
Que se ergue o vínculo que aquece o coração.
Não há ouro ou glória que pague o devido valor,
De um amigo que é âncora em meio à tempestade.
Porque ele se vale em sorriso que dissolve a dor,
Porque é palavra que ecoa nas ondas da saudade.
Pois é nos momentos de riso ou nas horas incertas,
Que a amizade se faz o porto seguro, o abrigo fiel.
Aquele laço invisível, que une em almas abertas,
Que transforma o viver num só sonhar ao léu.
O amigo não se conta por contar a dias dourados,
Mas nos passos difíceis, e no pisar árido ao chão.
Ele que caminha em abraços, nos braços cansados,
E traz o devido consolo, dividindo o feito doce canção.
Pois a amizade é mais que um simples sentir,
É o encontro de almas, com aquele destino traçado.
É viver para o outro, sem saber, que precisa dividir,
O peso e o brilho de cada fado, que será carregado.
E que o tempo não apague, nem o vento dissolva,
Esse elo sagrado do coração, é de rara verdade.
Pois o amigo é aquele que em si nos devolva,
O verdadeiro e eterno significado viril da amizade.
Título: SIGNIFICADO VIRIL Código do texto: T8147010
Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98
Autor Makleger Chamas — O Poeta (Manoel B. Gomes)
Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL
Data da escrita 08/09/2024
Dedicado à Marcio Rogerio De Araujo Araujo
Registrado na B.N.B.
https://docs.google.com/document/d/1W465J66pDBUqDkz5Qn7iJLv3hfKcUzYawFvw6MmT96g/edit?usp=sharing
O poema "Significado Viril" expressa, de forma sensível e profunda, a importância da amizade ao longo da vida, destacando-a como uma força que ultrapassa as dificuldades e adversidades.
A amizade, conforme descrita no poema, é uma luz nos momentos sombrios e um alívio para as feridas emocionais.
O termo "viril", neste contexto, transcende a ideia de força física e refere-se à robustez emocional, à lealdade e à capacidade de ser um apoio constante e sólido.
O poema realça como a amizade verdadeira se revela nos momentos de dor e incerteza, quando as palavras e os gestos de um amigo são mais preciosos do que qualquer riqueza ou honra.
Amizade, aqui, é um vínculo sagrado e indissolúvel, que não depende de circunstâncias felizes, mas se fortalece nas dificuldades e na partilha das alegrias e tristezas.
A mensagem central da obra ressalta que a amizade é mais do que uma simples conexão; é o encontro de almas que se apoiam mutuamente, dividindo o peso da vida e celebrando os momentos de leveza.
É nesse equilíbrio que reside o "significado viril" — uma amizade verdadeira e eterna, baseada na confiança, no apoio incondicional e no conforto mútuo.
A beleza do poema reside na sua simplicidade e na forma como ele expressa essa verdade universal sobre a importância dos laços de amizade.
Retórica do Poema
O poema "Significado Viril" apresenta uma estrutura que alterna entre a evocação da amizade como uma força poderosa e a reflexão sobre a sua importância em momentos de adversidade. Sua retórica se baseia em alguns pilares:
1. Uso de Metáforas e Simbolismos:
A amizade é comparada à luz que surge na escuridão, à âncora que nos mantém estáveis na tempestade, e ao porto seguro.
Essas imagens ajudam a representar a amizade como algo sólido, que guia e protege em tempos de incerteza.
O "enxugar das doídas feridas" evoca a cura que um amigo proporciona ao compartilhar a dor.
As metáforas revelam o profundo impacto que um verdadeiro amigo tem sobre o indivíduo.
2. Ritmo e Musicalidade:
O poema utiliza uma métrica fluida e um esquema de rimas que reforçam o seu tom reflexivo e suave.
As rimas servem para enfatizar a harmonia da amizade, contrastando com as imagens de dificuldades e desafios descritos.
Essa estrutura poética lembra que, mesmo em tempos de dor, a amizade traz equilíbrio e consolo.
3. Apelo ao Sentimento Universal:
O poema fala diretamente ao coração de quem já experimentou o poder transformador da amizade.
Ao mencionar "lágrima compartilhada" e "palavra que ecoa nas ondas da saudade", cria-se uma empatia com o leitor, que reconhece na própria vida esses momentos em que um amigo foi essencial.
4. Contraste entre Circunstâncias Felizes e Dificuldades:
A verdadeira amizade não é medida apenas nos "dias dourados", mas principalmente nos momentos de provação, onde "no pisar árido ao chão", o amigo se revela.
O poema reforça a ideia de que a lealdade, o apoio e o consolo surgem com mais força nas situações difíceis.
5. Final Reflexivo e de Valorização:
O fechamento do poema fala sobre a imortalidade do vínculo entre amigos, destacando que o tempo e as circunstâncias não são capazes de apagar esse elo sagrado.
O "significado viril" aqui aponta para a solidez e força que a amizade traz à vida.
História de Nelinho e Márcio Rogério de Araújo Araújo
Nelinho é um homem respeitado, um mestre na arte da pintura, conhecido pela destreza com que manuseava os pinceis.
Ele tinha uma pequena empresa de pintura, onde ensinava cinco companheiros a arte de transformar paredes em verdadeiras obras de arte.
Desses cinco, três eram aprendizes humildes e dedicados, sempre prontos a aprender com Nelinho.
Um deles, porém, tinha um brilho diferente nos olhos.
Esse era Márcio Rogério de Araújo Araújo, o mais confiante e, por vezes, arrogante dos companheiros.
Nelinho sempre manteve um coração aberto com seus aprendizes.
Ele acreditava que ensinar era a maior demonstração de amizade que se poderia dar a alguém. Para ele, a arte de pintar ia além da técnica — era uma forma de expressão, de construir algo eterno.
E, com paciência, ele mostrava a todos como segurar o pincel com firmeza, como misturar as cores com exatidão e como transformar superfícies opacas em um reflexo vivo de emoção.
Márcio, no entanto, nunca via Nelinho como um simples mestre.
Via-o como um competidor.
Ele, que sempre acreditou em seu talento natural, achava que podia superar Nelinho em pouco tempo.
Certa vez, ao observar Nelinho em ação numa fachada difícil de um prédio antigo, Márcio murmurou para si mesmo:
— Esse trabalho podia ser feito em metade do tempo.
Nelinho, sem nunca perder a calma, olhou para o rapaz e disse com um sorriso sereno:
— Arte não se apressa, Márcio.
— Cada pincelada conta.
Márcio, sentindo seu ego ferido, decidiu que iria provar a Nelinho que era mais rápido, mais hábil e mais talentoso.
Nos dias seguintes, ele começava suas tarefas com pressa, tentando impressionar a equipe.
Sua confiança muitas vezes levava-o a cometer erros, e Nelinho, com paciência, corrigia cada um deles, sem nunca apontar falhas diretamente.
No fundo, Nelinho via em Márcio algo que ele mesmo um dia fora: um jovem com sede de se provar.
Apesar das correções e dos conselhos de Nelinho, Márcio continuava a competir, sentindo que o respeito que os outros tinham por seu mestre era algo que ele também deveria conquistar.
Mas o que ele não percebia é que o respeito não era apenas pelo talento de Nelinho, mas pela maneira como ele tratava seus aprendizes e como a amizade em todos florescia naquele, justamente naquele ambiente de trabalho.
Certa tarde, depois de semanas de tensão, houve um incidente.
Márcio estava pintando a parte superior de uma parede, e no seu afã de terminar rápido, o escadote onde estava tremeu.
Ele perdeu o equilíbrio e, por um momento, tudo pareceu se desmoronar.
A queda parecia inevitável, mas Nelinho, que estava ao lado, foi rápido.
Com um movimento ágil, ele agarrou Márcio antes que ele caísse, segurando-o firme.
Ao recuperar-se do susto, Márcio olhou para Nelinho, sem saber o que dizer.
O homem que ele queria superar acabara de salvá-lo.
No silêncio que se seguiu, não havia reprovação nos olhos de Nelinho.
Apenas compreensão.
E foi nesse momento que Márcio entendeu algo que nunca havia compreendido: a verdadeira maestria de Nelinho não estava apenas nas suas habilidades técnicas, mas na sua generosidade, na paciência com que tratava todos ao seu redor, e na amizade genuína que oferecia.
A partir desse dia, a competição de Márcio desapareceu.
Ele percebeu que a arte, como a amizade, não era algo que se poderia apressar ou forçar.
Era um laço que se construía com cuidado, com respeito e, acima de tudo, com o desejo sincero de crescer junto.
Nelinho nunca falou sobre o incidente novamente.
Para ele, aquele momento foi apenas mais um entre muitos que ilustravam o verdadeiro significado da amizade e do respeito.
E Márcio, com o tempo, tornou-se não só um pintor mais habilidoso, mas também um amigo mais humilde e dedicado.
Assim, como no poema, a amizade entre Nelinho e Márcio foi forjada nas dificuldades e na partilha.
Nelinho não se impôs pelo ego, mas pelo exemplo, mostrando que a verdadeira força viril reside não no orgulho, mas na capacidade de sustentar o outro nos momentos mais difíceis.
O diálogo entre Márcio Rogério e Marquinhos, discute o que aconteceu conforme o contexto da poesia "SIGNIFICADO VIRIL" e a história por trás dela.
Márcio Rogério:
— Marquinhos, li o poema “Significado Viril” do seu pai recentemente, e ele mexeu comigo.
—É uma poesia forte, cheia de intensidade.
—Eu fico imaginando o que ele estava vivendo naquela época.
—O que você sabe sobre isso?
Marquinhos:
— Ah, Rogério, esse poema realmente carrega muita coisa.
—Meu pai sempre teve um jeito intenso de expressar o que sentia, mas com “Significado Viril”... —Acho que foi diferente.
—Ele escreveu aquilo em um momento da vida em que estava lidando com as pressões de ser homem em uma sociedade que não permitia muita vulnerabilidade.
—Era como se ele estivesse tentando entender o que realmente significava ser "viril", sabe?
Márcio Rogério:
— Sim, isso transparece nos versos.
— É como se ele questionasse o que as pessoas viam como força, e o que ele, de fato, sentia como força interna.
—O que será que desencadeou essa reflexão nele?
— Tinha algo específico acontecendo naquela época?
Marquinhos:
— Teve sim.
—Meu pai vivia um dilema naquela fase da vida.
—Ele estava tentando se firmar como homem aos olhos de quem o cercava, especialmente diante da Dora e da família dela.
—O pai de Dora não aceitava a ideia dele ser só um trabalhador da roça.
—Ele sentia que, para ser digno do amor dela, precisava ser mais.
—E isso o corroía por dentro.
Márcio Rogério:
— Então, ele estava questionando sua própria identidade, não é?
—Ele queria ser forte, mas não da forma que a sociedade esperava.
—A virilidade que ele buscava era mais interna, mais sobre caráter do que sobre os padrões que impunham a ele.
Marquinhos:
— Exatamente.
—O poema reflete essa luta interna dele.
—Ele via que ser homem, para muitos, era estar no controle, mostrar poder, mas para ele…
—Era sobre ser sincero consigo mesmo.
—Ele sabia que seu valor não estava apenas na força física ou na ideia de prover, mas no amor que ele tinha, na sensibilidade que carregava.
—Acho que ele escreveu 'Significado Viril' como um manifesto contra esses estereótipos que o aprisionavam.
Márcio Rogério:
— Faz sentido.
—Ele estava tentando redefinir o que ser "viril" significava para ele.
—É interessante como ele descreve essa busca, como se fosse algo que o mantivesse acordado à noite, um peso constante.
—No poema, dá para sentir a angústia de querer provar algo para o mundo, mas ao mesmo tempo se recusar a se moldar às expectativas.
Marquinhos:
— Ele me contava que, naquela época, era difícil equilibrar o que sentia ser certo e o que os outros esperavam dele.
—Ele amava a Dora, mas não queria perder a essência dele no processo de provar algo para o pai dela.
—Foi quando ele percebeu que ser viril, para ele, não significava dominar ou impor, mas sim amar intensamente, ser fiel a si mesmo e às suas convicções.
Márcio Rogério:
— Isso é poderoso. E talvez o mais interessante seja que, no fundo, esse tipo de força, essa virilidade emocional e espiritual, é algo muito mais difícil de alcançar do que simplesmente seguir o que os outros dizem que é ser homem.
Marquinhos:
— Exato.
—O que ele queria mostrar com esse poema era que, mesmo sendo sensível e emocional, ele era forte.
—Ser vulnerável não diminuía a sua masculinidade, pelo contrário, era o que o fazia realmente ser homem.
—O poema é o testemunho dessa percepção dele, dessa busca por significado que vai além das aparências.
Márcio Rogério:
— Acho que, no fim, ele estava ensinando a todos nós algo que muitos não entendem.
— A verdade vem de dentro, e nem sempre é gritante.
—Às vezes, ela está nos pequenos gestos, nos sentimentos que a gente guarda. Ele transformou essa luta interior em poesia, e é isso que torna 'Significado Viril' tão intenso.
Marquinhos:
— Sim, Rogério.
— Ele dizia que, para ele, a maior virilidade era ser capaz de amar sem medo, de sentir profundamente, e de se manter fiel àquilo que acreditava, mesmo quando tudo ao redor dizia o contrário.
—E isso foi o que ele tentou mostrar nesse poema.
—Uma força que não se vê, mas que se sente.
—Uma força que vem do coração.
Esse diálogo explora a profundidade do poema "Significado Viril" e como ele reflete a luta de Nelinho para redefinir o que significava ser homem em um mundo cheio de expectativas tradicionais, mostrando sua força emocional e interna como a verdadeira virilidade.