Um amor silencioso

Um amor silencioso, guardado no peito,

Crescia em segredo, um afeto estreito.

Ao lado dela, sem nunca contar,

Eu a protegia, sem me revelar.

Ela era princesa, e eu, só um plebeu,

De pele alva e macia, seu toque era o céu.

Cabelos longos e negros, um brilho sem fim,

Um rosto tão doce, que parecia um jardim.

Seus lábios vermelhos, sorriso perfeito,

E eu, ali perto, com um sonho imperfeito.

Por alguns anos, amei sem me abrir,

Guardando a esperança, sem jamais desistir.

Mas o medo falou mais alto que o querer,

E um dia eu decidi, a deixei partir.

Ela foi embora, e eu não a segui,

Ela me procurou, mas eu fugi.

Desapareci no silêncio, sumindo na dor,

E ela também se foi, com o tempo e o amor.

Hoje restam lembranças do que poderia ser,

De um amor que nunca soube viver.

Carlos Simplicio
Enviado por Carlos Simplicio em 25/08/2024
Código do texto: T8136489
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