Um amor silencioso
Um amor silencioso, guardado no peito,
Crescia em segredo, um afeto estreito.
Ao lado dela, sem nunca contar,
Eu a protegia, sem me revelar.
Ela era princesa, e eu, só um plebeu,
De pele alva e macia, seu toque era o céu.
Cabelos longos e negros, um brilho sem fim,
Um rosto tão doce, que parecia um jardim.
Seus lábios vermelhos, sorriso perfeito,
E eu, ali perto, com um sonho imperfeito.
Por alguns anos, amei sem me abrir,
Guardando a esperança, sem jamais desistir.
Mas o medo falou mais alto que o querer,
E um dia eu decidi, a deixei partir.
Ela foi embora, e eu não a segui,
Ela me procurou, mas eu fugi.
Desapareci no silêncio, sumindo na dor,
E ela também se foi, com o tempo e o amor.
Hoje restam lembranças do que poderia ser,
De um amor que nunca soube viver.