Miná

tu que caminas, caminando rimas e arrimas aqueles que de ti te aproximas.

Tantas sinas com garra e coragem pela vida enfrentaste,

tantas e quantas lutas aguerridas até o último sopro de vida na matéria vã passageira, feito pó poeira, mas tu não tens beira nem nada temes nem jamais tiveste medo Miná!

Segue então caminando pelo espaço infinito deixando em nossos corações aflitos a saudade.

Guiado por Anjos, cruzas as nuvens que se confundem com essa sua cabecinha completamente branquinha feito algodão doce... sim porque metido a durão, sempre fostes um doce nesse seu grande coraçãozinho de menininho que com a idade e o passar dos anos chegou, mas que tu nunca sequer percebeste, né Miná?!

Camina Miná, camina... e caminando rimas doces lembranças de uma eterna criança de coração puro e terno, fraterno.

Camina Miná, camina... Caminando pelo espaço infinito deixas aqui corações contritos na fé dos aflitos.

Doravante as nuvens brancas no céu já não serão apenas nuvens...

Elas trarão a nós a tua lembrança e a esperança de um renascer em ti... Sim, porque tu sabes que estás renascido, Miná!

Camina Miná,

camina... caminando pelo espaço infinito, camina...

(Ramiro Jarbas)

Curitiba, 25 de maio de 2021.