A Jornada (Quarto poema) Vida e morte no domínio dos deuses
Aqui
Quando vemos uma supernova a explodir
Sabemos que uma civilização irá morrer
E outra
Do outro lado dessa luz
Irá florescer
Neste lugar
Já tão hostil
Como familiar
A respiração de um deus
Que para a nossa ciência são átomos que se começam a agitar
E como um suspiro divino
Algo de gigantesco irá mudar
Nesta paisagem
Nesta casa
Neste caminho
Cada maravilha
Esconde algum tipo de perigo
Porque essa é a natureza das coisas
A essência do universo
Uma das leis não escritas
Ditadas não pela física
Mas pelo Invisível
Pela transcendência
Um eterno bailado
Entre o horror e a beleza
Que resumi numa frase:
Vida e morte no domínio dos deuses