Gris
Teu rosto como nenhum outro
Tua face como imagem singular
Meu olhar é uma extensão do tempo
No preto-e-branco que está teu recorte
Tardes que passamos tomando chá
Nossas silhuetas entre as demais coisas
Vivemos em busca do tempo perdido
Rimos na cara da solidão
No meio dos objetos no chão, você é o giz
Dentre todos os sabores, você é aniz
Você é o peixe colorido no chafariz
O sol brincando na ponta do meu nariz
E embora eu tenha esquecido as rimas
Fecho os olhos para sentir os momentos
Enquanto o vento sopra com calor
E as flores populam a colina