Carta ao amigo: a recuperação

Hoje lhe escrevo novamente caro amigo num dia de semana,

Estou acorrentado à cadeira como pedra no fundo do mar,

Estou como um vulcão ativo uma lava que emana,

Achei verdadeiro lhe dizer o que teria sempre a contestar.

Continuava meu tratamento fisioterápico que era diário,

O médico disse que teria uma pequena chance de curar,

Então, comecei a fazer algo de absoluto, extraordinário,

Meu medo era morrer tentando ou ainda me machucar.

A minha dedicação era para a minha própria melhora,

Porém, os resultados ainda eram zero totalmente nulo,

Um dia, acabei caindo por debaixo da cadeira que hora,

Queria alegria, chora cantar, dar alguns pulos.

A quietude de minha impaciência era a modéstia,

Estava começando a aceitar a minha eterna condição,

O que parecia ser impossível era a experiência,

Nada mais me restava como forma de amenização.

Um dia, meu médico veio com uma nova técnica,

Ele fez a cirurgia feita por uma notável médica,

O milagre aconteceu: eu podia mexer meus membros,

Minhas pernas estavam adormecidas com formigamentos.

Agora poderia finalizar esta carta pois tudo melhorou,

De uma inóspita tragédia obteve o que me ajudou,

Diria com todo o orgulho o que eu tinha em mente,

A recuperação foi fantástica um sucesso coerente.

Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 01/05/2024
Código do texto: T8053585
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