Carta ao amigo: a recuperação
Hoje lhe escrevo novamente caro amigo num dia de semana,
Estou acorrentado à cadeira como pedra no fundo do mar,
Estou como um vulcão ativo uma lava que emana,
Achei verdadeiro lhe dizer o que teria sempre a contestar.
Continuava meu tratamento fisioterápico que era diário,
O médico disse que teria uma pequena chance de curar,
Então, comecei a fazer algo de absoluto, extraordinário,
Meu medo era morrer tentando ou ainda me machucar.
A minha dedicação era para a minha própria melhora,
Porém, os resultados ainda eram zero totalmente nulo,
Um dia, acabei caindo por debaixo da cadeira que hora,
Queria alegria, chora cantar, dar alguns pulos.
A quietude de minha impaciência era a modéstia,
Estava começando a aceitar a minha eterna condição,
O que parecia ser impossível era a experiência,
Nada mais me restava como forma de amenização.
Um dia, meu médico veio com uma nova técnica,
Ele fez a cirurgia feita por uma notável médica,
O milagre aconteceu: eu podia mexer meus membros,
Minhas pernas estavam adormecidas com formigamentos.
Agora poderia finalizar esta carta pois tudo melhorou,
De uma inóspita tragédia obteve o que me ajudou,
Diria com todo o orgulho o que eu tinha em mente,
A recuperação foi fantástica um sucesso coerente.