Para você
As vezes o que mais queremos na vida,
É a possibilidade do futuro prever.
Mas no que não esperamos é que ela é construída,
E na imprevisibilidade que conheci você.
Derramo sobre o papel,
O que na garganta entala para falar.
Até num gesto aparentemente cruel,
Esconde uma forma de gostar.
A ideia de ir para o mesmo lugar,
Alimentou a esperança de se conhecer.
Mas pelo imprevisível os planos houve de mudar,
Ancorados na amizade teve onde o elo fortalecer.
Como a evocação que transmite do luar,
A sintonia e contentamento do alvorecer.
Pois como essa amizade tem de se perpetuar,
É que escrevo esse poema, para você.