Linda flor
(Dalto Gabrig)
Não brinques, oh linda flor,
Não brinques com meu amor,
Que amor, oh flor, é rosa,
Dá perfume, e também dor.
Se em teus olhos vejo amor,
Flora meu corpo em gracejo,
Mas se passas e não me vês,
Dos olhos o pranto ensejo.
De sua boca a cor,
És rosa envolta em beijo,
Qual sonho com o sabor,
Mas amaro desprezo a mim vejo.
Por isso te peço, oh flor,
Não folgues com meu desejo,
Que dele só fazem parte,
Teu corpo, calor, e teu beijo.
Amado
(Claraluna)
Brincar? Eu não ousaria,
Tu és o ar que alimenta,
O doce sonho e a fantasia,
Que a efêmera vida aumenta.
No espelho dos olhos teus
Eu me vi flor imponente,
Tu beijavas os lábios meus
Vi o amor sorrir contente.
Era a tua boca, querido,
Que a minha sede matava,
Num beijo por nós sentido
E que os céus apreciava.
Uma flor enamorada
Não folga com o bem querer,
Pois a ele, está fadada,
A amar até morrer.
Caro poeta Dalto Gabrig, mais uma vez agradeço-te o honroso convite para este dueto. Teus versos são lindos.
Um grande abraço,
(Hull de La Fuente)