POEMA DEDICADO AO MESTRE E AMIGO, CEL PM RUBENS LAMEIRA BARROS, da PMPA.

Meu mestre e amigo Rubens Lameira Barros

 

Partistes de uma forma tão repentina

 

Deixando uma saudade que desatina

 

E conduzindo-me a uma profunda reflexão...

 

Acerca dos desígnios de Deus...

 

E contrariando todas as regras...

 

Fiz-me presente no seu último adeus!!!

 

Teus bons exemplos, farei sempre menções.

 

Às conversas, ensinamentos e confabulacões...

 

Não deixarei ficar no esquecimento!!

 

Não me esquecendo de ti, nem por um momento!!

 

Tenho consciência... "na minha mente"

 

Que a tua partida, prematura e premente.

 

Não foi só um ato, um momento surpreendente.

 

E sim... uma mudança de estado emocional!!!

 

Não foi só um afastamento corporal,

 

E muito menos um acontecimento impessoal...

 

Foi o desenlace do encontro cordial

 

E quem partiu... cortou o cordão umbilical,

 

Partindo o nosso coração ao meio

 

Acertando ele em cheio, sem receio

 

Ficando somente o devaneio

 

De lembranças no pensamento que floreio.

 

Saudade não é algo que trapaceio

 

Saudade não dá pra quantificar

 

E muito menos explicar

 

E se pudéssemos comparar

 

É semelhante a uma dor estomacal

 

Dor constante, lá dentro, descomunal

 

Lembrando-me de uma saudade abissal

 

Do abraço, do aperto de mão samaritano

 

Relações humanas do nosso cotidiano

 

E o mais importante, o calor humano.

 

Saudade parte o coração dos que ficam

 

E, mesmo separados por um oceano

 

O sentimento que nos une é soberano

 

E não custa nada relembrar os teus feitos e atos!

 

Para então proferir sem engano:

 

Que saudade de você, preclaro amigo...

 

RUBENS LAMEIRA BARROS.

 

 

NOTA DO AUTOR: Rubens Lameira Barros foi "O CORONEL" mais emblemático que tivemos na Polícia Militar do Estado do Pará... profissional extremamente cuidadoso com o patrimônio público e irretocavelmente dedicado com os interesses da coletividade paraense... homem de um caráter ímpar e de uma honestidade inalcançável... assumindo de forma inédita e concomitante, duas das cinco funções mais importantes da Instituição... foi ao mesmo tempo... Subcomandante Geral e Corregedor da PMPA.

Como Corregedor Geral labutou de forma implacável contra os desvios graves de conduta, atuando com rigor contra aqueles que se locupletavam da função pública e da farda para ganhos pessoais ilícitos, instaurando sem pestanejar com base nas legislações vigentes, processos e procedimentos investigatórios, depurando sem medo e sem receio, nossa bicentenária Instituição Militar.

Como Subcomandante Geral era um comandante humano e amigo... atendendo às pessoas que ali chegavam sem qualquer agendamento prévio, onde sempre enfatizava: "... os soldados têm precedência no atendimento...". Recebia-os com extrema educação e cuidado, onde muitos chegavam a se melindrar com a maneira educada e atenciosa com que eram recebidos naquele gabinete... e por conta dessa sua postura humanitária, saíamos tarde da noite do Comando, pois ele só despachava os documentos diários menos urgentes depois que atendia todo mundo... e isso ocorria todos os dias. Antes dele, existia apenas 1 dia da semana para que uma praça da Corporação tivesse acesso ao Subcomandante Geral da PMPA, com um pré-agendamento que passava fácil de 30 dias. Cel Lameira ouvia com atenção cada um que ali adentrava... e ali mesmo, na hora, procurava atender às solicitações, quer seja com um telefonema... que ele fazia na frente do militar... quer seja com uma "canetada".

Como seu assistente, fui testemunha ocular de inúmeros militares que, dali saíram aliviados por terem seu pleito atendido pelo Cel Lameira.

Aos despachos administrativos de pedidos de materiais, equipamentos, reforço policial, etc... atendia com presteza e equidade aos diversos Comandos de Unidades presentes em todo o Estado do Pará, otimizando os recursos, que eram limitados, e assim, procurando atender a todos da melhor maneira possível.

O Cel Lameira era também um pai zeloso e esposo dedicado, onde apesar dos inúmeros compromissos e reuniões diárias, NUNCA deixava de atender sua esposa, D. LIA, ou a um seus filhos (Viviane, Mércia, Lilia, Marilda, Marília, Hilton e Hamilton), quando ligavam para ele, atendendo-os de imediato ou retornando às ligações na primeira ocasião possível.

Fica aqui registrado hoje, 21 de janeiro de 2024, dia do seu aniversário de nascimento, essa pequena homenagem a esse grande homem e profissional, onde chancelo às palavras acimas, em virtude de haver sido seu contemporâneo e ter trabalhado ao seu lado, assessorando-o por quase uma década.

Ao meu mestre, amigo eterno e companheiro de farda, deixo esta singela dedicatória.

À vc, meu querido Cel Lameira, meu irmão em Cristo, onde quer que esteja... a minha eterna gratidão!!!

 

Com respeito e admiração... do seu amigo... "Mirandinha".