ENTRE ASPAS

“Me vi ao normal, voltando para casa depois daquele dia,

Nos encontramos, fim de tarde, como eu pensei e queria.

A harmonia parecia novidade naquela mesa,

Anos de amizade pareciam perdidos,

E te ver me trouxeram boas aspirações.

Naquela mesma noite registrei a lua,

Você dizia que eu tinha talento, mesmo que crua.

Você me achava criativo, mesmo sem ações.

Depois de anos te ver , e ouvir sobre sua mesmice.

Me deu saudades dos bares a noite, das nossas esquisitices.

Seu olhar era melancólico, mas era doce.

Como antes das farpas eu já o via assim.

Agora, mesmo entre aspas, sinto falta do seu olhar de jujuba

Mas, assistir-te saindo virando a rua, fajuta.

Depois daquela noite, do riso frouxo,

Um até mais foi dito, um abraço apertado e abastoso.

Me coloquei na conciliação que pudemos ter,

Aceitei assim, sem saber de você depois.

O dia normal de hoje, está igual no dia que pudemos sorrir ao nos encontrar.

Erros se passaram, foi o ideal e o necessário.

E seguimos assim, os dois e mais um café

Fecha aspas”

Ponto Brune
Enviado por Ponto Brune em 22/01/2024
Reeditado em 22/01/2024
Código do texto: T7982113
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