ENTRE ASPAS
“Me vi ao normal, voltando para casa depois daquele dia,
Nos encontramos, fim de tarde, como eu pensei e queria.
A harmonia parecia novidade naquela mesa,
Anos de amizade pareciam perdidos,
E te ver me trouxeram boas aspirações.
Naquela mesma noite registrei a lua,
Você dizia que eu tinha talento, mesmo que crua.
Você me achava criativo, mesmo sem ações.
Depois de anos te ver , e ouvir sobre sua mesmice.
Me deu saudades dos bares a noite, das nossas esquisitices.
Seu olhar era melancólico, mas era doce.
Como antes das farpas eu já o via assim.
Agora, mesmo entre aspas, sinto falta do seu olhar de jujuba
Mas, assistir-te saindo virando a rua, fajuta.
Depois daquela noite, do riso frouxo,
Um até mais foi dito, um abraço apertado e abastoso.
Me coloquei na conciliação que pudemos ter,
Aceitei assim, sem saber de você depois.
O dia normal de hoje, está igual no dia que pudemos sorrir ao nos encontrar.
Erros se passaram, foi o ideal e o necessário.
E seguimos assim, os dois e mais um café
Fecha aspas”