POBRES VERSOS
Pensava eu em mim e nas poesias
de meus amigos. Eram belas e cheias
de sentido as poesias. Convidei-os
então para um jantar em que
depois nos distraíriamos com
um bate papo. E tudo correu bem.
E eu sofri uma crítica quando
contei isto. Me disseram: - Correu
tudo bem porque era entre amigos.
Fui dormir inquieto e no outro dia
despertei e escrevi estes pobres
em que eu digo: não custa aos seres
humanos conviver em paz. Seja lá
as crenças que os animem na sua
intimidade. Seja a intimidade do lar
ou seja a intimidade do templo onde
rezam suas orações, porque há diversas
crenças religiosas. Mas a convivência
onde a exigência maior seja o respeito
completo a tudo que compõe um humano,
dizendo que respeito pode ser até o calar
onde não se pode falar de si e dos seus,
devendo todos fazer o por onde o silencioso
acabe falando sem desagradar.
Até mais, porque o assunto exige um
tratado e eu só sou capaz de
sugerir isto em meus pobres versos.