FICO A PENSAR

Antes os censores eram os

que diziam que não podia.

Agora me parece que são

as colegas poetas.

Para contrariar o dito

da colega eu poderia

ficar a cismar ou a criar

meu caso num poema.

Pode ser que minha cisma

ou o meu caso acabe

esquecido. Como vai

acabar, eu considero aqui

sozinho enquanto escrevo.

Mas a gente não deve dizer

a um poeta, ainda mais numa

democracia, onde se luta

pela liberdade de expressão,

o que um escritor pode ou

não pode escrever. Se for

para criticar, critique com verve,

se for para compactuar, compactue.

Mas não mande abraço assim sem

mais nem menos. Os temas são livres.

No fico a pensar que escrevi primeiro

levei em conta que um poeta de vero

deseja em primairo lugar o

bem do leitor, ou a felicidade

ou para fazê-lo ver o belo

das palavras. Um poeta não deve agredir,

nunca. Meus poetas amigos

uso palavras simples

procurando a beleza

e a cordialidade.

Aristides Dornas Júnior
Enviado por Aristides Dornas Júnior em 27/11/2023
Reeditado em 27/11/2023
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