AMIGA

Amiga, escrevo, pois

Faz dias em que nos vemos

Nesse mármore de lágrimas

Quentes e que pelo mento

Caem aos familiares

Isso mesmo, isso aconteceu em semelhante momento

Numa água sem afogamento

Com sacos de enfeite e nossos rostos sem olhos aterrorizados

Você foi primeira em sair daqui

Espero por um lugar assim

Igual suas flores de jardim

E dormir, calma e bela depois de

Deformado nossos rostos por um motivo sem

Sentido, mas que nos deixou nos três frios:

Dor rio, da pedra e do chão.

Porém, você foi, e eu espero minha mãe que caiu no chão

Reconhecer meu corpo que a face sempre a faz deitar aos braços

Do anatomista de plantão.

Me espere, amiga igualmente morta, do meu coração.