À ESPERA DO QUE HÁ DE VIR
Venho visitar tua alma ascética...
E ao que parece a encontro triste
em meio às culpas...
De fato, para quem anda no caminho das virtudes,
culpas não há,
mas somente satisfações...
Porém, se houve quedas,
levanta-te pelo arrependimento,
toma novo vigor, novo alento
pelo perdão divino concedido que tudo limpa...
Porque o céu pertence aos simples e humildes
que reconhecem que nada são além do sopro que os sustenta
por obra e graça do Criador;
Não reconhecer isto é correr o risco de perder-se em si mesma...
É definhar sem rumo certo,
por se deixar conduzir apenas pelos instintos
afeitos às satisfações momentâneas,
Passageiras,
Estranhas...
Que nunca satisfazem.
A bem da verdade,
deixo-te meu ósculo de paz
e o meu ardente desejo de eternidade,
saudade da felicidade que não tem fim.
Quando puderes, vem a mim
para confabularmos palavras amenas,
serenas...
de ilustres seres ainda no tempo,
à espera do que há de vir.