À ESPERA DO QUE HÁ DE VIR

Venho visitar tua alma ascética...

E ao que parece a encontro triste

em meio às culpas...

De fato, para quem anda no caminho das virtudes,

culpas não há,

mas somente satisfações...

Porém, se houve quedas,

levanta-te pelo arrependimento,

toma novo vigor, novo alento

pelo perdão divino concedido que tudo limpa...

Porque o céu pertence aos simples e humildes

que reconhecem que nada são além do sopro que os sustenta

por obra e graça do Criador;

Não reconhecer isto é correr o risco de perder-se em si mesma...

É definhar sem rumo certo,

por se deixar conduzir apenas pelos instintos

afeitos às satisfações momentâneas,

Passageiras,

Estranhas...

Que nunca satisfazem.

A bem da verdade,

deixo-te meu ósculo de paz

e o meu ardente desejo de eternidade,

saudade da felicidade que não tem fim.

Quando puderes, vem a mim

para confabularmos palavras amenas,

serenas...

de ilustres seres ainda no tempo,

à espera do que há de vir.

Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 24/12/2007
Reeditado em 27/12/2007
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