Café Versos Sorvete
O ponto exato do sabor inigualável
Do quente e do frio dos pontos distantes
Sem desmedidos ajustes dos arremates
Entre as oscilações voláteis da temperatura.
A toalha alva sustenta o pires e a xícara
Que aparece para receber com aroma notório
O café exalando seu elixir dos diletos momentos
Lançando seu triunfo na mesa lotada dos apetrechos.
Invade um pensamento ousado
E surge sua majestade irreverente
O escandaloso sorvete se mostrando na taça
Lembrando sua realeza na contenda dos momentos.
No som dos sorrisos das conversas amigáveis
Com o pano de fundo do suave piano de cauda
O sorvete de creme invade o café nos toques da colher
A mistura é excêntrica o paladar reage na sublime fusão.
O café derrete o sorvete na xícara aquecida
Que deixa sua marca na espuma esquecida do vapor
Nos momentos especiais que a união consagra
Na estalagem o clima que flui é da mais tenra poesia.