O amor essa coisa estúpida
O amor
Faz-te cair
Com tanta força
Que te faz ricochetear
Em direcção ao céu
De onde não quererás regressar
Mas as nuvens onde estás não duram para sempre
Porque o sol para os outros também deve brilhar
E de repente estás de novo no chão
A sangrar
Porque aquilo que lhe disseste
Ela fez questão de to recordar
Fechando-te numa sala
(o teu intimo )
Cuja saída ajudas a bloquear
Pois receias que a tua ferida
Lá fora
Nunca mais volte a cicatrizar
Por isso ficas contigo
Até perceberes
Que tu és a tua pior companhia
Tu
És o teu pior inimigo
Tu és a mina
Que teimas em pisar
Tu és a palavra
Proibida
Que teimas em escrever
Mil vezes
E mais mil
Até ao fim do espaço
Dessa prisão
Desse teu quarto
Até ao dia
Que entendes
Que o síndroma de vampiro
Nada
Mas nada tem a ver contigo
Que é da luz
E não das trevas
Que te deves alimentar
Sais então do teu bunker
E espanto do espantos
O primeiro ser que vês
É outra Ela a passar
E nela
Voltas a ricochetear
A caminho do céu
Para esta história recomeçar…