Reflexões Amorosas e Existenciais
Queria não ter que olhar mais em seus olhos;
Não suporto mais esconder esse desejo que sufoca o meu peito?
Desde os primeiros dias no qual nos tropeçamos e nos amamos loucamente;
Éramos como carne e unha;
Pedaços de uma doce e singela paixão;
Mesmo te despindo e tocando os seus formosos seios?
Não consigo sentir o amor existente no mais íntimo de sua alma;
Me faças sonhar e jogue fora nossos momentos de dor e agonia;
Sua voz suave que emerge ao telefone;
A sombra de seu corpo nu que atormenta o meu corpo e minha alma;
Estou me despindo e jogando ao chão;
Morto pelo desejo e pela solidão que atormenta os anos de minha insensatez;
Palavras já não conseguem expressar lapsos sentimentais que arvoram em meu existir;
Se às vezes nos tocamos ao anoitecer;
Memórias que assombram a minha mente;
Quem me dera se meu destino me tornasse em um rebelde inconsequente;
Eterno refém de inevitáveis prazeres;
Não me resguardando neste exacerbado puritanismo;
Destinos que se desvelam em uma incontrolável e dolorosa paixão;
Ainda que sejamos compostos de carne e espírito;
Uma dualidade que transcende o meu existir;
Me jogo aos seus pés;
Eterno escravo e desta louca e tempestuosa paixão.