Bruno Black
A arte do menino preto é inata da favela
Naquela barriga de pombo
Onde há um combo de fatos
Que inspira o nato poeta
Ele andou sobre patins
E não chuteiras de travas
Que carregam os jovens pra fora
Com dadas palavras
Um dia ele cantou debaixo da mesa
Quando havia tristeza lá fora
E se ouviam longas rajadas
Que não apagou seu canto
Ali nasceu Bruno Preto
O artista que grafa receitas
Que se veste de si
E aceita a poesia do gueto