É COM O MEU PEITO ABERTO

É com o meu peito aberto

Cheio de tanta emoção

Procurando o jeito certo

De falar para um irmão

Com o fôlego da vida

Pois há de vir a partida

Mas antes deixo o refrão.

A vida é tão ligeira

Feito asa de beija-flor

Move-se de tal maneira

Renitente e com rigor

Veja que o tempo passado

Mal ou bem aproveitado

Não tem mais o seu valor.

Na parede da memória

Onde guardamos suspiros

O livro da nossa história

Um arquivo de papiros

Desde o tempo de criança

O pó da nossa lembrança

Faz-se à vista entre giros!

Pois o momento marcante

Que podemos memorar

É também tão petulante

Isso não dá pra negar

Qual criança não apronta?

Perguntar logo remonta

Saudade, que vem calcar.

Sabes que o maior sentido

Está mesmo no presente

Isso foi bem definido

Por quem concebeu a gente (Deus)

Dispondo os olhos na face

E pés que direcionasse

Sempre a seguir para frente.

Há de vir os novos dias

Convidando-nos a ver

Dentre as coisas fugidias

Para não nos esquecer

Que o tempo é rigoroso

Então seja mais teimoso

E não deixe de dizer:

Quanto cê ama seus entes

Abraçando os preferidos

Esqueça os tempos ausentes

Esqueça os tempos idos

Não dê peso à coisas futeis

Mas preserve as que são úteis

Dê valor aos seus amigos.

E por isso faço caso

De prestar declaração

Ao nobre Maycon Dalmaso (Primo/irmão)

Por essa dedicação:

- É com o meu peito aberto

Que digo, primo, por certo

Moras no meu coração.

Oxford - 13/05/23

NAIKER DÀLMASO “poeta capixaba”

Naiker Dàlmaso
Enviado por Naiker Dàlmaso em 13/05/2023
Reeditado em 15/05/2023
Código do texto: T7787343
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