DO MEU QUARTO

Ao Síndrome, a mim, aos meus amados amigos e amigas que me entendem tão bem e que me aceitam tal como sou

DO MEU QUARTO

Vejo sóis

Que por vezes possuem a forma de borboletas

Vejo mundo imensos

Que transformo em poemas

Sublimando ainda mais

A minha eterna alma de poeta

Do meu quarto

Vislumbro mundos sem fim

Que só eu sei ver e descrever

Por alteração genética

Pois há pessoas como eu assim…

Do meu quarto

Estou tão longe

Mas ao mesmo tempo tão perto

Estou num oásis

Embora por vezes me pareça um deserto

Do meu quarto

Transformo as suas fronteiras

Em intransponíveis baluartes

Campos sensíveis

Que se desfazem num simples

Mas terrivelmente doloroso

“Amar-te”

Do meu quarto

Vejo os planetas do Princepezinho

E sinto-me igual

Por tantas vezes estar acompanhado

E demasiadas me sentir tão sozinho…

Do meu quarto…