Seu abraço é meu refúgio

Vinte vezes

Que conto um segundo

Parecem vinte vezes

Que se passam um ano

Quando ele demora um pouco mais

Para acabar

Como que um gesto

Tão simples

Pode drenar

Todo o peso do meu coração

Torná-lo leve como uma pena

E trocá-lo por um sentimento

Tão bonito?

Ao menor sinal

Do seu encobrir

Vejo meu pesadelo ruir

O tocar da sua mão

Joga sobre o medo

A palavra inibir

Seu doce conforto

A fresca sensação gelada da sua fina pele

E do tecido em sua roupa

Deita a minha mente sobre travesseiro

Reconforta minha alma em macio colchão

Me faz reconhecer apenas dois S’s

Serenidade e suavidade

O enrolar dos seus dedos dentre os meus

Um simples toque de afeto

Que nos une após o final do abraço

Ponte de cálcio entre nós

Você manda seu amor até mim

Sem enviá-lo por meio de envelopes

Vestidos de palavras

Beijo em minha bochecha

Clique do cadeado

Que nos tranca

Arranque do arranca

Da realidade que

No chão me planta

Agora, habito cidade

Minha e sua

Onde não existe

Crueldade

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 03/04/2023
Código do texto: T7755360
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