Dá na telha

Dá na telha

2o. lugar no I Concurso do Gato Coió – Cametá – PA – abril/2001

O homem se rotula

De esperto e criador

Quando da natureza

É o maior predador.

Pensa que é o rei e só.

Mas esquece que é pó.

Iludido, repete sempre

Que só ele tem razão

E que seu único amigo

É o domesticado cão.

Seu pobre subconsciente

Repele o gato independente.

Todo animal da terra

Do rato ao condor

Se tratado com carinho

Nos devolve amor.

Ainda que coió indigente

Com o gato não é diferente.

Não se furta ao afago

Depois de alimentado

Brinca e se esfrega

Até sentir-se cansado.

E quem não deixa o amigo

Quando a pele corre perigo?

Pequeno telhado de zinco

Torna-se um palco rico

Onde nas noites sem chuvas

Qualquer gato paga mico.

Estando amando, ele mia

Compondo uma g(r)ata sinfonia.

Haroldo
Enviado por Haroldo em 27/11/2005
Código do texto: T77037