Dá na telha
Dá na telha
2o. lugar no I Concurso do Gato Coió – Cametá – PA – abril/2001
O homem se rotula
De esperto e criador
Quando da natureza
É o maior predador.
Pensa que é o rei e só.
Mas esquece que é pó.
Iludido, repete sempre
Que só ele tem razão
E que seu único amigo
É o domesticado cão.
Seu pobre subconsciente
Repele o gato independente.
Todo animal da terra
Do rato ao condor
Se tratado com carinho
Nos devolve amor.
Ainda que coió indigente
Com o gato não é diferente.
Não se furta ao afago
Depois de alimentado
Brinca e se esfrega
Até sentir-se cansado.
E quem não deixa o amigo
Quando a pele corre perigo?
Pequeno telhado de zinco
Torna-se um palco rico
Onde nas noites sem chuvas
Qualquer gato paga mico.
Estando amando, ele mia
Compondo uma g(r)ata sinfonia.