A tempestade
Tenho medo que fiques
Tenho medo que partas
Tenho medo que o teu imenso valor
Passada a tempestade
Não valha nada
Tenho medo dos teus sorrisos
Tenho medo da tua cara fechada
Medo que o teu silêncio
Sejam afinal
As tuas tão desejadas palavras
Tenho medo que me olhes
Tenho medo que me deixes de observar
Tenho medo que a tua terra prometida
Seja apenas um vazio lugar
Tenho medo que este imenso poema
Um dia seja o último
Pois nada tem mais com que se alimentar
Nem
Da tempestade
Ou da tua calma
Que nunca deixaste de gerar
Para que depois de a receber
Mais um poema fosse criar