FALANDO SOBRE POESIAS

 

 

Dizer que tenho alguma sabedoria?

Não, se é tão fraquinha minha poesia,

nenhuma, que já mereceu um destaque.

Nem mesmo uma, com beleza e qualidade,

nem as que estão chorando uma saudade,

passam perto, das do mestre Olavo Bilac.

 

Em matérias de poemas, sou uma fraqueza,

nunca consegui transmitir alguma beleza,

como conseguia a nossa Cora Coralina.

Nem posso falar sobre a grande Florbela,

por que se alguém comparar me com ela,

não serei nem metade, dessa vitamina.

 

Entre os poetas, não participo das fatias,

nem como a sombra, do Gonçalves Dias,

entre tantos nomes, não passo de um Zé.

Nesse patamar, jamais chegarei em cima,

por que não aprendi como montar a rima,

assim como montava, o Patativa do Assaré.

 

Sempre me inspiro no poeta Claudio Manuel,

continuo passando os rabiscos para o papel,

por que escrever, é um passatempo meu.

Para sair coisa bonita, sobre mim e ela,

copio uns versinhos, do Fagundes Varela,

ou pego emprestado, do Casimiro de Abreu.

 

 

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 17/12/2022
Código do texto: T7674298
Classificação de conteúdo: seguro