FALANDO SOBRE POESIAS
Dizer que tenho alguma sabedoria?
Não, se é tão fraquinha minha poesia,
nenhuma, que já mereceu um destaque.
Nem mesmo uma, com beleza e qualidade,
nem as que estão chorando uma saudade,
passam perto, das do mestre Olavo Bilac.
Em matérias de poemas, sou uma fraqueza,
nunca consegui transmitir alguma beleza,
como conseguia a nossa Cora Coralina.
Nem posso falar sobre a grande Florbela,
por que se alguém comparar me com ela,
não serei nem metade, dessa vitamina.
Entre os poetas, não participo das fatias,
nem como a sombra, do Gonçalves Dias,
entre tantos nomes, não passo de um Zé.
Nesse patamar, jamais chegarei em cima,
por que não aprendi como montar a rima,
assim como montava, o Patativa do Assaré.
Sempre me inspiro no poeta Claudio Manuel,
continuo passando os rabiscos para o papel,
por que escrever, é um passatempo meu.
Para sair coisa bonita, sobre mim e ela,
copio uns versinhos, do Fagundes Varela,
ou pego emprestado, do Casimiro de Abreu.