Ternura
A mão que abala o berço
Com firmeza
Apesar dos tempos
Serem de incerteza
Ternura
O colo
Transformado numa fortaleza
Apesar do medo
De quem o dá
Porque ao céu que os cobre
Terem roubado todo o brilho
Toda a sua beleza
Ternura
O amor
A camaradagem
A lealdade
A liberdade
A fé
A esperança
Todos estes sentires
Que estão em vias de extinção
Mas que dás a um estranho
Que viste caído no chão
E que ajudas a levantar
Um estranho a quem chamas irmão
Porque és Humano
E porque o que os tiranos mais temem
É este tipo de libertação
O de seres quem sentes ser
Sem temer a perseguição
Que eles te irão fazer
Para quebrar essa tua brandura
De aço
A quem
Nesta noite de pouca inspiração
Dei o nome de
Ternura