Ternura

A mão que abala o berço

Com firmeza

Apesar dos tempos

Serem de incerteza

Ternura

O colo

Transformado numa fortaleza

Apesar do medo

De quem o dá

Porque ao céu que os cobre

Terem roubado todo o brilho

Toda a sua beleza

Ternura

O amor

A camaradagem

A lealdade

A liberdade

A fé

A esperança

Todos estes sentires

Que estão em vias de extinção

Mas que dás a um estranho

Que viste caído no chão

E que ajudas a levantar

Um estranho a quem chamas irmão

Porque és Humano

E porque o que os tiranos mais temem

É este tipo de libertação

O de seres quem sentes ser

Sem temer a perseguição

Que eles te irão fazer

Para quebrar essa tua brandura

De aço

A quem

Nesta noite de pouca inspiração

Dei o nome de

Ternura

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 22/09/2022
Código do texto: T7611788
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