Fadas (Homenagem para Marcielle, filha de Marinete Balduino)
A Fada, moça de lábios de Sol
Deixa que seus raios balancem
Esplendorosas flores azuis de temperança
Em suas florestas, onde as rosas também são vermelhas
Senhoras de imperturbável amor
A juventude se desdobra em folhas e contos
Como chapéu e laço de fita em delicadas ventanias
A harmonia reina entre a brisa no sorvete, praia e cachoeira
Cenários das águias reais e majestosas
Esses eternamente corajosos e benditos seres celestes
Cantam os fascinantes rouxinóis
Suave é o som de seus passos na chuva
E maravilhoso é o farfalhar de suas asas ao amanhecer
Como o sentimento que nunca falha e a voz que não se cala
São os elos dos abraços que não se dissolvem
Mãe e criança... Correm e dançam a ciranda amiga
Contam as histórias que as pontes do teu ser viveram
Elas, sacerdotisas, naturais de paz e justiça
Envoltas nos braços que se admiram
Confiam que a bondade nascida de seus olhos de Lua é sua força e seu guia
São guardiãs da tribo sagrada das vitórias
Claras como milagrosa virtude
Celebrando com o infinito as rimas e as trovas
Nos desenhos que o universo faz
Pois libertas são as maçãs e peras que alimentam suas cores primaveris
E se parecem se afastar e a saudade quer chegar
O vento traz os mais lindos sons de sabiás
Um sinal que sempre lado a lado estão
A menina linda, a nobre mulher
Perfumadas pelas lavandas
As doces damas dos sorrisos que contagiam
Lá ou aqui, seja por onde for
Enquanto elas passam, semeiam o benquerer
E as lembranças se transformam em inspiração, poesia
São encantados seus corações
Construindo o jardim eterno de bondade
Na luz da esperança, no brilho que carrega seus olhares
Não há noite, somente dia
Espalhando a candura com suas asas que parecem feitas de algodão-doce
Visitando os sonhos de quem as ama
Deixando um beijo na face e um carinho na alma que desperta repleta de paz
Céu e terra
Filha e Mãe
Corpo e Alma
O laço infinito que o Universo criou
E que nada jamais separou