AMIGOS
(acho que sou uma ilha perdida)
Encontrar um verdadeiro amigo
É como procurar agulha no palheiro
E muitas vezes quando o encontramos
Logo o perdemos pela inveja, o ciúmes
E outros sentimentos mesquinhos
De pessoas pequenas que interferem...
É que para muitas pessoas
A felicidade dos outros dói
Mas dói muito mais a meu peito solitário
Que sofre ilhado por confidências represadas
Por falta de abraços, pela falta de carinho de um amigo...
O ato solitário de viver numa multidão
É algo que dói na alma
A falta de abraços amigos
De sorrisos amigos e verdadeiros
O bem estar da companhia de um amigo
Só quem o perde sabe...
As pessoas geralmente tudo julgam
Mas não olham para dentro de si
E querem descobrir nos outros as falhas
Que cada um apresenta e nem tenta melhorar...
Conserte o mundo a partir de você,
Nunca a partir dos outros...
E julgamentos... estes deixe para os juizes
E o juízo final... lá é a hora do julgamento...
Vamos crescer no amor fraternal
O que será deste planeta se as pessoas continuarem
A se meter tanto na vida dos outros e
O pior, a julgar os outros a partir da sua própria pequenez.
Hoje eu estou sofrendo porque queria voar
Minhas asas foram podadas...
Tenho que esperar que cresçam novamente
E ver se não foram mutiladas
Mas as feridas, estas ficarão na alma...
Onde acharei um novo amigo?
Onde consertarei a desilusão, a decepção?
Onde colocarei a solidão de meu peito
No momento em que me tornei uma ilha perdida...
"Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas." (Goethe)