Tsuru
Minha querida Tsuru.
Quando lá atrás eu queria ter três asas
E fiz virtualmente um puxadinho no meu ninho
Fiz para te abrigar.
Sem necessidade de troca alguma,
Eu quis abrigar você nos seus piores e melhores dias
E assim o fiz.
Vi cada sorriso seu, cada lagrima
Explosões de alegria e tristeza em confidencias
vi seu amor sofrer pela ausência de amar.
Sob qualquer tempestade
Minhas asas se abriam
Ou fechavam automaticamente.
Quando havia um sol forte
Estendia minhas asas
E deixava você e ela protegidas.
Quando o sol está bom
Fico debaixo da minha asa observando
E deixava vocês à vontade.
Um dia, quando ela saiu ao sol
E se queimou
Foi você quem nos guiou pelo caminho.
Quando eu e ela estávamos morrendo
Você cuidou de nós
Foi nesse dia que percebi.
Ela e eu éramos pássaros comuns
Que precisavam ser cuidados
Não sei até onde sobreviveríamos.
A sua aura contrastava com a palidez
Alva das tuas plumas, elas eram lindas pra mim
Pra você, apenas brancas.
A cada volta por cima que tu davas
Rejuvenescia mil anos
Voltava cada vez mais bela....
Trigésimo dia do mês de outubro de dois mil e vinte e um, mês de Nossa Senhora, ano do nosso senhor Jesus Cristo.
“O frio que envolve nossas almas, saem dos nossos corações... aquece-o”.
Laudo Costa