No teu divã
Hoje quero um ombro amigo
E minhas lágrimas nele derramar
Se desculpando, ficar envergonhado em secá-lo
Hoje quero o teu silêncio para somente me ouvir falar
Hoje estou carente de quem não me julga
Hoje estou carente de quem quer somente me ajudar
E ver em mim o que de melhor eu tenho para mostrar
Hoje estou carente do silêncio das palavras
Hoje quero sentar no teu divã
E você me ouvir com todo o cuidado
Debruçar-se sobre mim e juntos chorarmos
Como se nada mais tivéssemos a fazer
Hoje quero esquecer todo o meu dever
Hoje quero somente ouvir o som daquele pássaro
Que esteve aqui pela manhã e voltou à tarde
Para se despedir e me dar boa tarde
Hoje quero com você, amiga, caminhar pela relva
E me contar de você e ouvir as minhas lamúrias
As quais algumas já sabes e não te escondo
Hoje quero me despir de tudo, até das puras vaidades
(Paulo Eduardo)
Hoje quero um ombro amigo
E minhas lágrimas nele derramar
Se desculpando, ficar envergonhado em secá-lo
Hoje quero o teu silêncio para somente me ouvir falar
Hoje estou carente de quem não me julga
Hoje estou carente de quem quer somente me ajudar
E ver em mim o que de melhor eu tenho para mostrar
Hoje estou carente do silêncio das palavras
Hoje quero sentar no teu divã
E você me ouvir com todo o cuidado
Debruçar-se sobre mim e juntos chorarmos
Como se nada mais tivéssemos a fazer
Hoje quero esquecer todo o meu dever
Hoje quero somente ouvir o som daquele pássaro
Que esteve aqui pela manhã e voltou à tarde
Para se despedir e me dar boa tarde
Hoje quero com você, amiga, caminhar pela relva
E me contar de você e ouvir as minhas lamúrias
As quais algumas já sabes e não te escondo
Hoje quero me despir de tudo, até das puras vaidades
(Paulo Eduardo)