A lição do Lápis com a Borracha
AUTOR: SILAS CORREIA LEITE
Lembra-te daqueles tempos, em que os lápis da marca Castelo
Vinham te permitir construir sonhos e escadas para o alto?
Desenhar era só deixar correr o traço, o risco, e tu ali, pueril
No Grupo Escolar colhia as primeiras letras, sons e palavras...
Lembra-te quando erravas, e a professora ensinava o certo
Que teu peito pueril medrado se afogava em floração de lágrimas?
Mas a mestra vinha e te tocava com um afeto cheio de graça
Que eras de novo um canteiro para muito bem ser semeado
Pois lembra-te ainda, quando escrevias as tortas vogais
Quando soletravas o caminho suave das primeiras aulas?
Então o pito da mestra, aqui e ali; pois quem ama corrige
E o pito-carito de um pirraceiro a rir de ti e das acontecências
Pois um dia a professora de olhar de cor do céu e mãos de anjo
Mostrou-te o outro lado do lápis: feito uma metáfora
A qualquer momento da vida, nas trilhas e nas vicissitudes
Poderias refaze o caminho, apagar, recomeçar, tentar de novo
Essa é a lição da vida, a Lição do Lápis com Borracha
Aprendemos; lucros e perdas, cantagonias e louvações
Mas há uma força que nos alerta, um mestre universal
Um anjo-da-guarda que volta de novo para nós e nos provê
Aprendeste assim a lição da primeira infância e refletes
Refazes os planos, ouve amigos, sonhas, labuta, espera
Tudo de novo, apagando desacertos e os erros das tentativas
Na sábia lição de tentar sempre para aprender técnicas de voos
Por onde fores, piá, guri, curumim, moleque, homem crescido
Longe de casa, mas dentro de ti - tua infância levas sempre contigo
Terás sempre a Lição do Lápis com Borracha para te fazeres vencedor
E dizer ao fim da jornada que erraste e acertaste no sudário das somas
Porque como o lápis veio da árvore e a borracha também
Geraste um livro, plantaste um filho, escreveste uma vida
Com a eterna lição de tentar, evoluir, mudar, acreditar sempre
Lição da mestra que te ensinou; que enfeitaste com lápis de cor
Da vida só levamos mesmo o amor e o humor que deixamos
E a saudade ainda é a maior e a mais pura forma de amor
Por isso continua seus traços, desenhos, escritas e livrações
Páginas de vida colorindo teu aprendizado de vitórias feitas a mão.
AUTORIA : Silas Correa Leite
Especialista em Educação, Jornalista Comunitário, Conselheiro em Direitos Humanos
Poema da Série “Eu Era Feliz e Sabia Que Era”, Livro inédito do Autor
AUTOR: SILAS CORREIA LEITE
Lembra-te daqueles tempos, em que os lápis da marca Castelo
Vinham te permitir construir sonhos e escadas para o alto?
Desenhar era só deixar correr o traço, o risco, e tu ali, pueril
No Grupo Escolar colhia as primeiras letras, sons e palavras...
Lembra-te quando erravas, e a professora ensinava o certo
Que teu peito pueril medrado se afogava em floração de lágrimas?
Mas a mestra vinha e te tocava com um afeto cheio de graça
Que eras de novo um canteiro para muito bem ser semeado
Pois lembra-te ainda, quando escrevias as tortas vogais
Quando soletravas o caminho suave das primeiras aulas?
Então o pito da mestra, aqui e ali; pois quem ama corrige
E o pito-carito de um pirraceiro a rir de ti e das acontecências
Pois um dia a professora de olhar de cor do céu e mãos de anjo
Mostrou-te o outro lado do lápis: feito uma metáfora
A qualquer momento da vida, nas trilhas e nas vicissitudes
Poderias refaze o caminho, apagar, recomeçar, tentar de novo
Essa é a lição da vida, a Lição do Lápis com Borracha
Aprendemos; lucros e perdas, cantagonias e louvações
Mas há uma força que nos alerta, um mestre universal
Um anjo-da-guarda que volta de novo para nós e nos provê
Aprendeste assim a lição da primeira infância e refletes
Refazes os planos, ouve amigos, sonhas, labuta, espera
Tudo de novo, apagando desacertos e os erros das tentativas
Na sábia lição de tentar sempre para aprender técnicas de voos
Por onde fores, piá, guri, curumim, moleque, homem crescido
Longe de casa, mas dentro de ti - tua infância levas sempre contigo
Terás sempre a Lição do Lápis com Borracha para te fazeres vencedor
E dizer ao fim da jornada que erraste e acertaste no sudário das somas
Porque como o lápis veio da árvore e a borracha também
Geraste um livro, plantaste um filho, escreveste uma vida
Com a eterna lição de tentar, evoluir, mudar, acreditar sempre
Lição da mestra que te ensinou; que enfeitaste com lápis de cor
Da vida só levamos mesmo o amor e o humor que deixamos
E a saudade ainda é a maior e a mais pura forma de amor
Por isso continua seus traços, desenhos, escritas e livrações
Páginas de vida colorindo teu aprendizado de vitórias feitas a mão.
AUTORIA : Silas Correa Leite
Especialista em Educação, Jornalista Comunitário, Conselheiro em Direitos Humanos
Poema da Série “Eu Era Feliz e Sabia Que Era”, Livro inédito do Autor