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A FLOR, TU E EU
(Sócrates Di Lima)

Dei-te uma flor,
com tamanha simplicidade,
Nela tinha muito amor,
Mas um amor de amizade.

E a flor que te dei,
Era num vermelho sem igual,
Esta flor eu cultivei,
Num pedacinho de terra no meu quintal.

Mas quando ela te viu aqui chegar,
Desabrochou e se derramou por ti
Com uma tesoura cortei e me pus a te dar
Junto dela o sorriso terno que escolhi.

E tu a achou linda...
E mais lindo o teu sorriso,
E meu coração bateu mais ainda,
um tum..tum...tum..de sobreaviso.

Ele sabia, que não era amor de homem e mulher.
Aquele que eu tanto quis...
Por debaixo do sorriso uma dor qualquer,
Até parecia dor de um poeta aprendiz.

Menina, tu deves saber,
Que todo carinho que tenho-te,
não é de pai, podes crer,
É de um homem pronto a devorar-te.

Infelizmente, nosso tempo é desigual,
Estou bem além da tua media idade,
Mas toda vez que entras no meu quintal,
Quando te vais, fica a triste saudade.

E neste dia, não foi diferente, talvez,
fosse um dia de coração em felicidade,
Porque quando foste embora, mais uma vez,
O que senti no fundo, foi é uma doce e terna amizade.

Ah! Minha menina do sorriso meigo,
A tristeza bateu tão forte sem demonstrar,
Porque foste embora e eu entendi o desapego,
Pois, foste embora, a esqueceu, e no copo se pôs a murchar.
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 23/01/2021
Reeditado em 27/01/2021
Código do texto: T7167028
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