A Doença (Fraternidade)
Erva
A fermentar
Que depois de regada
E aquecida em água
Te vai acalmar
Erva
Vinda do nada
Por onde costumamos andar
Naqueles dias maus
Que só a presença nesse Local
Nos consegue acalmar
Pedras
Que retiramos do caminho
Para continuarmos a avançar
Pedras que guardamos
Para construir os caminhos do futuro
Quando a Estrada acabar
Terra
De Igualdade
Para onde nos dirigimos
Sem saber o que desejamos
Sabendo apenas o que procuramos
Quando lá chegar
Terra feita da erva que nos acalma
Das pedras
Que tornam o horizonte longínquo
Não uma quimera
Mas uma realidade
Terra dos esquecidos
Situada no meio dos nossos sonhos
No meio do nada
Onde iremos tocar
E viver
O que dizem extinto
Por ter sido caçada
Por ser
A maior das ameaças
A quem vê a Terra
Como uma coutada
E não como um espaço de reunião
Entre os que sonham com um futuro global
Essa fraternidade
Que nos tempos de hoje dizem ser uma doença
E não a cura
Para o que realmente está mal