Poemas e problemas

Ele se sente cansado

É pesada a respiração

Cada suspiro é uma bigorna

Como se carregasse um fardo

E pesasse o coração

Veste a máscara todos os dias

Não só a de pano, mas também a da alegria

Que mesmo fajuta, ainda contagia

Ele não é honesto, está sendo descoberto

Seu sorriso ficando cada vez mais frio,

Distante... Que nem nota que eu o observo

Há algo errado, gostaria de ajudá-lo

de repente se cala e fica estático

Sua alma vira um foguete e em algum planeta estaciona...

Chamar de volta sua atenção é tarefa árdua

Igual a ligar uma máquina, que você pensa ter estragado

mas se apertar os botões com jeitinho,

com certeza ainda funciona...

A luz de seus olhos não estão mais acesas

É mais um corpo vazio, de copo cheio

Dando falsas risadas, enchendo a cara,

se enganando nessas mesas.

Preciso dar um jeito de agitar esse sujeito,

Falaremos do que quiser, trabalho, dinheiro, filosofar..

Da vida e seus problemas, do samba e das morenas

Só não faremos poemas...

Porque estes sim, qualquer hora dessas,

ainda vão nos matar.

Um Eu Lírico Bêbado
Enviado por Um Eu Lírico Bêbado em 08/01/2021
Código do texto: T7154937
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