Poemas e problemas
Ele se sente cansado
É pesada a respiração
Cada suspiro é uma bigorna
Como se carregasse um fardo
E pesasse o coração
Veste a máscara todos os dias
Não só a de pano, mas também a da alegria
Que mesmo fajuta, ainda contagia
Ele não é honesto, está sendo descoberto
Seu sorriso ficando cada vez mais frio,
Distante... Que nem nota que eu o observo
Há algo errado, gostaria de ajudá-lo
de repente se cala e fica estático
Sua alma vira um foguete e em algum planeta estaciona...
Chamar de volta sua atenção é tarefa árdua
Igual a ligar uma máquina, que você pensa ter estragado
mas se apertar os botões com jeitinho,
com certeza ainda funciona...
A luz de seus olhos não estão mais acesas
É mais um corpo vazio, de copo cheio
Dando falsas risadas, enchendo a cara,
se enganando nessas mesas.
Preciso dar um jeito de agitar esse sujeito,
Falaremos do que quiser, trabalho, dinheiro, filosofar..
Da vida e seus problemas, do samba e das morenas
Só não faremos poemas...
Porque estes sim, qualquer hora dessas,
ainda vão nos matar.