Longe
Ao longe
Vejo horizontes
Com os quais posso apenas sonhar
Longe sinto-os tão perto
Que os posso cheirar
Ao longe
Vejo destinos
Que nunca se destinaram a concretizar
Longe sinto-os tão reais
Que quase lhes posso tocar
Ao longe
Vejo a tua silhueta
Que nunca passará de uma sombra
Que em sonhos costumo colorir
Dando-lhe as cores
De um horizonte
A paisagem
A nossa
Para onde continuo a me dirigir
O destino
Ou mesmo um fado
Que continuo a escrever
E a cantar
Até que fiques por fim a meu lado...