Amigo choroso
Passei os dedos em teus cabelos e você assim chorou
Meu deus, que choro belo! Que choro é esse que da boca saltou?
Segurei-te pelo braço e novamente te acariciei, suave, sutil!
De novo chorastes e tudo que outrora me perturbava, do nada, sumiu.
Ó violão meu,
Teu choro me alegra
Teu choro não é teu.
Ó violão manso,
Teu choro é cativo
É nele onde danço!
Ao teu choro eu compus uma música de morrer
Mas teu canto é tão belo que me faz querer viver!
No luar, na madrugada, o teu choro é baixinho
Mesmo assim fico feliz em não sentir que estou sozinho.
Ó violão meu,
Teu choro me alegra
Teu choro não é teu.
Ó violão manso,
Teu choro é cativo
É nele onde danço!
Natal/RN, 11 de outubro de 2020