VAMOS BEBER, VAMOS CANTAR

Este poema eu dedico em homenagem à MENININHA de Tuba. Grande em seu gesto de amor e fraternidade. Grande na simplicidade do bem viver. Que Deus lhe conceda o eterno descanso..

Amiga do meu querer.

Vamos beber, vamos,

Beber toda bebida do mundo: pinga e licor

bebida de pouco valor, barata, sem jaça.

Porque beber faz bem a quem,

como tu e eu brindemos à vida.

Beber até morrer sem tédio,

sem retreta, sem grito de morte ou remédio,

, ou até pode, simplesmente beber....

Enquanto a bebida faz vadiagem,

liberando o nosso pensar,

criamos imagem da mulher amada,

que por um nada envenena a vida,

Com gestos e palavrão,

nos deixando na contramão,

com gestos e dedo em riste,

resiste ao afago no corpo inteiro,

sem segundo nem primeiro,

fecha a cara e se retira.

Amiga, vamos xingar e praguejar,

Este corpo que envelhece e padece

Sem nunca ter alma a que se preste....

Amiga de verdade verdadeira,

Vamos cantar, louvar e dançar.

Dança de morte derradeira.

Até podemos chorar sem sentido

Redimido, a cantiga de antanho escutar,

Depois de embriagados criamos

Outras burlescas aventuras,

E bebemos muita saideira sem limite

Um pouco tristes nos calamos,

Sem noção do tempo ficamos,

Depois vomitar tudo isto e cair.

Finalmente dormir

Um sono persistente,

Sem futuro nem presente,

Até quando a morte nos levar....

clira
Enviado por clira em 22/08/2020
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