O CALO DE CADA UM
Em homenagem a Ortega y Gasset
Vivo minha vida
Do modo e da melhor maneira que posso
Vivo e faço o que devo
Desejo e não faço o que posso
Vivo porque sei que a conta quem paga sou eu
Eu é quem sofre e carrega o peso das conseqüências
Vivo porque já não acredito nos sonhos
Há somente realidade
Vivo minhas condições objetivas de vida
sem pensar na pseudopotência da plena felicidade
Vivo porque aprendi que vale continuar com os pés no chão e a cabeça erguida
e "não faço ao outro o que não gostaria que fizessem a mim"
Vivo minhas circunstâncias e, caso sinta o sofrimento do outro,
Levanto a mão, digo ADEUS, e continuo minha singela vida.
Lúcio Alves de Barros