Linhas da vida
Quando quiser a minha mão
Não hesite.
Meus braços já levantaram amigas
Escutaram-nas
E acolheram suas histórias
Elas se enlaçaram às minhas memórias
Encontraram lágrimas felizes
e tristes.
Minhas linhas da mão
O futuro não dizem.
Nelas escrevo com giz, apago
Reescrevo
E marco a cores os traços favoritos.
Nas mãos, faço minha arte
E a vida se costura em suas linhas.
Desenho na imaginação a linha de cada dia
Crio um bordado mais bonito que o anterior
O que apago, não esqueço
A memória trata apenas de sobrepor.
Este quebra-cabeça
Monto de mãos dadas
Com a alegria e com a dor.