O riso que rimos
Caminhamos e caminhamos
e rimos como sujeitos divinos
duvidamos daquilo que vimos
nos refizemos
e refletimos.
Rimos que nos ríamos
com o esmero dos deuses finos
nos respeitamos como bons filhos
sensíveis latinos
criativos meninos.
Não falamos o inconcebível
nem inimigo tínhamos
mas falamos do efêmero, do ínfimo
de cinema
da umbanda
do infinito.
Falamos da poesia
de música e
da saúde coletiva
do mar
e da filosofia
e do céu mais estrelado que havia.
Falamos do clandestino e doutras vidas
falamos, tão genuínos.
Mas eu insisto no riso
o quanto mas quanto nos rimos
e em tempos de tantos sacrifícios
rir é um respiro
ato revolucionário
rir é um desatino.