O CASULO ENCANTADO
Para Ti, adorável Amiga Borboleta, Tu que és das principais razões e motivos pelos quais continuo a escrever quando tencionava fazer uma pausa. Tu mereces esse esforço, a nossa Amizade estava a precisar disto:
O CASULO ENCANTADO
Vives nele
E te metamorfosas
Ciclicamente numa graciosa Borboleta
Com asas de Anjo
És infinitamente linda
Formosa
O casulo encantado
A tua casa
A casa das casas
Para onde costumo olhar
Quando a saudade
Começa nos seus doces braços
A apertar
Sentindo que somos
Camaradas de diferentes
Mas convergentes lutas
Nesse rio de afectos
Que transborda as margens e nos invade
Dos sentires permanentes
Amigos Assertivamente
Na psicologia pouco clínica
E muito natural
De quem se sente em si próprio
Porque em lado nenhum viu coisa igual
Apesar dos erros
Que vou cometendo
Mas cuja fonte
Penso que está a secar
Na segurança corrente
De quem te estima
E te sibila ao ouvido
“Seremos Amigos para sempre!”
O casulo encantado
Rios dourados
Da mais pura ceda
Saem dele
Escrevendo no papel
E nas linhas da vida
Marcas perenes
Da tua insofismável beleza
Borboletas esvoaçam
Nos Jardins Encantados
Que com ternura plantaste
E estás sempre a regar
Mesmo quando os alimentas
Com as tuas lágrimas
A sua magia está longe de acabar
Nas histórias que teces
Qual milenar tecedeira
Tendo como encantado tear
O teu lindo sorriso
Que até ao ponto mais negro do Universo
Consegues fazer chegar
Que seduz quem o conhece
Teu amuleto
Teu derradeiro abrigo
Para os dias sem sol
Pois és Rainha
Dos mais sublimes domínios
Pessoais e literários
A que alguém pode aspirar
E assim estás pelas estrelas comuns
Destinada à felicidade
Pela qual, tal como eu,
Não paras nem pararás nunca de lutar
Enquanto te observo em silêncio à distância
Ufano por ser teu Amigo
Sendo esse sentir
Um dos segredos
Para o meu rejuvenescer
Semi-eterno
Mesmo quando à distância
Estás perto
E perto
Te sinto naquilo que sou
E que aspiro vir a ser
Te sinto comigo
Olhando com ternura
Muito carinho
E maravilhado
Parte do que tu És
O teu
Casulo encantado