Queridos sentidos
Não quero que venhas
Ou que me ponhas de parte
Quero apenas
Que façamos as pazes
Não quero que sintas
Quando tenho que partir
Quero apenas que saibas
Que é sempre para Ti que me estou a dirigir
Não quero que penses
Que digo isto a fingir
Que são palavras inventadas para te acalmar
Quando a tua lua se esconde
E te sentes a afogar
Por este meu mar
Tão sentido
Que sem eu querer
Por vezes acaba por te magoar
Porque embora tente medir
O tamanho das palavras
Nunca consigo perceber a sua profundidade
Trocando assim o indesejado perene
Pela ansiada eternidade
Trocando assim o amor
Pelo prazer da brevidade...