Jamile!

Enquanto o amanhã não chega.

Da vidraça opaca de minha janela assisto, numa noite fria, as mariposas brincando com o reflexo da luz.

Aproveito o estalar das gotas orvalhadas e lembro do seu olhar doce e terno a desenhar as manhãs de maio pelas quais preciso passar.

O cantar dos pássaros me faz lembrar que, se mesmo eles que não trabalham são alcançados pela Providência, não hei eu de padecer em meio ao caos que se avizinha.

A luta é travada ferozmente, onde entre sorrisos dados, ninguém pode supor: o meu inimigo é interno, e anseia aparecer.

Mas no vigor do meu braço irei subjugá-lo. A força está aqui. Derrotarei o meu oponente e conquistarei a torre. Restabelecerei a ordem natural.

As mariposas voltarão a dançar, hipnotizadas;

Os pássaros, agradecerão o provimento;

A tua voz me dirá que tudo ficará bem;

E nesse momento sorriremos e nada mais...

Por: Humberto Rodrigo e Lázaro Zacariadhes.

Lázaro zachariadhes
Enviado por Lázaro zachariadhes em 03/05/2020
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