Jamile!
Enquanto o amanhã não chega.
Da vidraça opaca de minha janela assisto, numa noite fria, as mariposas brincando com o reflexo da luz.
Aproveito o estalar das gotas orvalhadas e lembro do seu olhar doce e terno a desenhar as manhãs de maio pelas quais preciso passar.
O cantar dos pássaros me faz lembrar que, se mesmo eles que não trabalham são alcançados pela Providência, não hei eu de padecer em meio ao caos que se avizinha.
A luta é travada ferozmente, onde entre sorrisos dados, ninguém pode supor: o meu inimigo é interno, e anseia aparecer.
Mas no vigor do meu braço irei subjugá-lo. A força está aqui. Derrotarei o meu oponente e conquistarei a torre. Restabelecerei a ordem natural.
As mariposas voltarão a dançar, hipnotizadas;
Os pássaros, agradecerão o provimento;
A tua voz me dirá que tudo ficará bem;
E nesse momento sorriremos e nada mais...
Por: Humberto Rodrigo e Lázaro Zacariadhes.