CARA A CARA (“maior que palavras”)

Multidão anônima

uma proza que não tem fim

se eu te contar demais

O que haverá de interessante

… em mim?

[se eu te contar demais

posso mesmo, me entregar

e o que pensará você?

Se descobrir que eu não sou

… tão boa assim?]

Ah! Que se dane!

[Ah! Que se dane!]

[Quero mesmo é ser humana

errada ou não... boa ou ruim

quero ser o encontro e o desencontro

e o que ainda há de vir!]

Você conseguiu pular o muro

sorrindo e com cheiro de jasmim

Minha máscara caiu e você quase

arrancou de mim… um sorriso

… assim, sem fim.

[Quero viver o agora

quero a canção sem tema

quero o poema encomendado

a razão sem razão

um olhar envergonhado.]

[Cara a Cara]

Cara a Cara…

Até o fim.