Casa
Está nas palavras
Nos actos
No toque
No beijo
Nos abraços
De quem
Quando me vê
Pede para ficar
Está no amor que dei
E que passou
Como eu gosto de passar:
Deixando uma marca
Que
Quando recordada
Faz sorrir
E nunca
Jamais
Chorar
Por isso eu moro em todos os tempos:
No passado
Presente
Futuro
Ou num tempo que está para criar
Está na gente anónima
Que passei a chamar “minha”
Depois de, ao me ver caído
Me ter aberto as portas da sua casa
Para curar as minhas feridas,
Está na mesa
Onde além da comida
Fizemos a partilha
Do que realmente somos
Das nossas vidas
A minha casa
É assim a terra
O tempo
Por onde costumo andar
Ela mora
No bom
Que eu e Tu
Um ao outro
Temos para dar…