Despe-te

De preconceitos

Para que a tua alma eu possa observar

Despe-te

Das tuas sombras

Para que a tua pele

A genuína

Eu possa tocar

Despe-te

De palavras amargas

Para que os teus lábios doces possa beijar

Despe-te

De ideias feitas

Para que as novas possas observar

Despe-te

De lugares comuns

Porque me gosto de sentar

Nos invulgares

Despe-te

Do ódio

Porque com ele não consigo estar

Veste-te de amor

Para que o poema

Que estou a escrever para nós

Vá ter um final feliz

E ao mesmo tempo

Nunca irá acabar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 29/07/2019
Código do texto: T6707120
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