Unidos...
Atravesso-te, em tua face
Para unir-me a ti, depois de te prender
Pra não te fazer fissuras e nem que tu me escapes
Solificando de vez a tua fortaleza
Não quebrando em cacos, aquele que te fez!
Perfuro-te, com golpes maleados, tantos
Até que eu mesmo, possa te convencer
Emoldurando aos quadros, florais e sacrossantos
Realçando em glórias, esplendor e beleza
Enaltecendo o ego de quem fez, por te merecer!
Vergo-me às vezes, por tua força e rija
Voltando ao vértice, sem te comprometer
Pois tua é a dor, ...minha é tua sina
Reconhecendo, a tua real destreza
Me aprofundando mais, pra melhor te entender!
Desaponto-te, se esgueirado me descarto
Não conseguindo mais, atar-me a você
Para garantir fino, os teus suaves traços
Pra que voltes e não te esmoreças
Mergulho de uma vez, em todo teu ser!
Perco-me nas entrelinhas dos teus duros veios
Não te arreio, do contrário ninguém irá me convencer
Com o teu igual, deve unir-se face a face, seio a seio
Resolvo então te enfrentar, desafiando tua dureza
Pois neste compromisso minha missão é não esmorecer!
Oxido-me pelo passado tempo
Perdendo o vício de te render
Vou virando pó, vou sumindo ao vento
Resisto sucumbir, me curvando à tua nobreza
Nego-me ao teu desato e deixo por ti me absorver!